É muito comum às pessoas confundirem o conceito de tristeza e depressão, isso acontece porque ainda existe um estigma perante a saúde mental que aos longos dos anos vem sendo desconstruídas, além da falta de informação. Pensando nesse tema que particularmente percebo a importância de ser tratado e desmistificado iremos abordá-lo hoje.
A tristeza é uma emoção primária, ou seja, ela é desenvolvida em TODOS os seres humanos. Você consegue identificar essa emoção já nos primeiros anos de vida. Ela também vem com alguma motivação, podendo ser interna ou externa, como por exemplo: a insatisfação com seu corpo (interna) ou a perda do emprego (externa). É importante ressaltar que além de ter uma motivação para sentir este sentimento, ele tem tempo de duração, podendo durar horas ou dias, e mesmo nesse estado de tristeza o indivíduo continua levando sua vida, talvez não com excelência, mas fazendo as coisas básicas.
Uma pergunta frequente que vemos no consultório é: “A tristeza pode evoluir para depressão?”
-> A resposta para essa pergunta é sim! Porém a depressão é um fator biopsicossocial, então existem outros fatores importantes para haver essa evolução. Muitas pessoas confundem a tristeza com depressão porque durante o período depressivo a tristeza é um sintoma, mas existem alguns outros sinais e sintomas que vamos falar abordar aqui e que são importantes para o diagnóstico.
O Transtorno Depressivo como já dito anteriormente trás sim a tristeza, porém essa tristeza dura mais que o comum, podendo durar meses e se não houver tratamento até mesmo anos, podendo se tornar crônica. Além disso, é importante analisar o fator biopsicossocial do indivíduo, ou seja, analisar a genética desse indivíduo ( se existem casos de depressão na família), a personalidade do mesmo e o meio em que esta inserido. Após esta analise também podemos identificar alguns sinais e sintomas, sendo eles:
- Não ter interesse ou o prazer em atividades que antes eram divertidas;
- Perder ou ganhar peso sem ter feito alterações na dieta;
- Ter problemas com sono (dormir pouco ou dormir demais);
- Ter explosões de raiva, mesmo por motivos bobos;
- Estar sempre cansado, com pouca energia ou lento;
- Ter sentimento de culpa ou de inutilidade;
- Perda de energia e fadiga;
- Distúrbios relacionados aos pensamentos (como dificuldade de concentração, diminuição do raciocínio lógico);
- Alteração da libido;
- Ideias suicidas;
- Pensamentos distorcidos de si mesmo, o que gera baixa autoestima.
É importante ressaltar que o diagnóstico deve ser feito pelo profissional, sendo eles: psicólogos ou psiquiatras. Porém com a descrição de cada um desses temas aqui você pode identificá-los em sua vida ou na vida de algum conhecido, com isso se ajudar, pedir ajuda ou ajudar a essa pessoa próxima a buscar o tratamento necessário, uma vez que quando o quadro esta instalada o indivíduo tem dificuldade de buscar essa ajuda sozinho.
Como funciona o tratamento?
O tratamento é feito de maneira subjetiva, com o auxílio de um psicólogo e se necessário psiquiatra para o tratamento medicamentoso.
- A Terapia Cognitiva Comportamental é indicada, pois a mesma tem como objetivo trabalhar os pensamentos, sentimentos e comportamentos do indivíduo sobre aquela situação com a função de trazer de maneira assertiva uma nova visão sobre tais situações, ressignificando vivências passadas e traçando novas metas para comportamentos futuros.
Além da terapia, é importante o indivíduo:
- Praticar algum tipo de atividade física, pois libera endorfina e regula os níveis de serotonina e dopamina no organismo, sendo eles dois neurotransmissores ligados ao funcionamento da mente;
- Ter uma alimentação saudável;
- Fazer atividades prazerosas, praticando hobbies;
- Ter uma visão otimista para sua melhora.
É extremamente importante o auxílio do psicólogo para o tratamento deste transtorno e por vezes também é necessário para ajudar o indivíduo a sair de um estado de tristeza, então faça terapia. Agende sua primeira consulta e será o primeiro psso para sua melhora!